segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SISTEMA DE APOIO A DECISÃO (SAD)

Introdução

Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) cobrem uma grande variedade de sistemas, ferramentas e tecnologias. Há quem pense que o termo SAD está ultrapassado e que foi substituído por um "novo tipo" de sistema chamado "on-line analytical processing" (OLAP). Outros há que preferem realçar os Sistemas de Apoio à Decisão baseados em conhecimento como o "state of the art" dos Sistemas de Apoio à Decisão. Os investigadores operacionais focam nos modelos de simulação e optimização como o "verdadeiro" Sistema de Apoio à Decisão. Numa opinião mais generalizada poderemos dizer que os SAD são um termo compreendido em muitos tipos de sistemas de informação que suportam tomadas de decisões.

Definições

São todos os intervenientes na tomada de uma decisão, desde a extração de dados, passando pelo armazenamento, uso de modelos, interface e até o próprio utilizador.

Estes sistemas foram criados com o intuito de servir de adjuntos às pessoas que realizam decisões importantes, de maneira a expandir as suas capacidades, mas sem substituir as suas decisões.

Sistemas de Apoio à Decisão são usados em decisões, em que um julgamento é necessário, ou em decisões que não são completamente suportadas por algoritmos, ou seja é sempre necessário um utilizador para usar estes sistemas, em que este representa o papel mais importante.

Outras definições:

"Conjunto de procedimentos baseados em modelos para processamento de dados e julgamentos para ajudar a tomar o seu utilizador a tomar decisões." (Little 1970)

"Os SAD podem suportar problemas semi-estruturados e não estruturados" (Moore e Chang 1980)

"Os SAD são sistemas computurizados que têm três componentes que interagem entre si: um sistema de linguagem (mecanismo de comunicação entre os vários componentes), um sistema de conhecimento(repositório dos dados) e um sistema de processamento de problemas (ligação entre os outros dois componentes com a particularidade de este ter capacidades especiais necessárias às tomadas de decisão)" (Bonczek 1980)

"Os SAD são sistemas que são desenvolvidos através de um processo adaptativo e evolutivo de aprendizagem." (Keen 1980)

"Os sistemas de apoio à decisão são sistemas de informação interactivos que assistem o decisor a aceder a problemas mal estruturados oferecendo modelos analíticos e acesso a bases de dados." (Zwass 1992)

"Os Sistemas de Apoio à Decisão têm quatro características principais: incorporam simultaneamente dados e modelos; foram concebidos para assistir os decisores/gerentes no seu processo de decisão sobre tarefas semi-estruturadas (ou não estruturadas); suportam (e não substituem) julgamentos ao nível da gerência; o seu objectivo é melhorar a efectividade das decisões, e não a eficiência com que cada decisão está a ser feita." (Turban 1990)

As várias definições apresentadas anteriormente têm a particularidade de definir Sistemas de Apoio à Decisão sob diferentes perspectivas (características [Little], componentes [Moore], processo de desenvolvimento [Keen], ...). De qualquer forma, todas as definições têm em comum a ideia de que são sistemas interactivos que estão direccionados para ajudar os decisores a utilizar modelos de dados para identificar e resolver os problemas (que podem ser não estruturados ou semi-estruturados), e no fim tomar decisões.

Características:

Uma vez que não há ainda nenhuma definição exacta do que é um SAD, surgiu um acordo sobre quais as principais características e capacidades de um SAD.

  • Os SAD permitem aos decisores trabalhar com problemas semi-estruturados e não estruturados pois conseguem juntar o pensamento humano e a informação computadorizada.
  • Deve ser providenciado suporte a vários níveis, desde executivos a gerentes.
  • Deve ser também possível o trabalho individual ou em grupo. Certos problemas menos estruturados podem necessitar do envolvimento de várias pessoas ou departamentos.
  • Os SAD devem permitir várias decisões independentes ou sequenciais.
  • Devem abranger todas as fases do processo de decisão: identificação, desenho, selecção e implementação.
  • Devem suportar uma variedade de processos de tomada de decisão.
  • Devem poder ser adaptativos ao longo do tempo, devem ser flexíveis, para que os seus utilizadores possam acrescentar, eliminar ou mudar certos elementos chave.
  • Devem ser de fácil utilização, com fortes capacidades gráficas e com uma interface utilizador-máquina que possa aumentar a sua eficiência
  • Devem tentar melhorar a eficiência das suas decisões (ao nível da qualidade, tempo, exactidão) em vez de se preocupar com o custo dessas decisões
  • O decisor tem um controlo absoluto sobre todos os passos do processo de tomada de decisão quando está a resolver um problema. O objectivo do SAD é ajudar e não substituir o decisor.
  • Os utilizadores finais devem ser capazes de construir e modificar sistemas simples. Os sistemas mais complicados devem ser construídos com a ajuda de um especialista.
  • Um SAD normalmente utiliza modelos para analisar situações de tomada de decisão. A capacidade de modelização permite experiências com diferentes estratégias sob diferentes configurações.
  • Os SAD devem permitir o acesso a várias fontes, tipos e formatos de dados.

  • Vantagens
    • Rapidez
    • Ultrapassar limites cognitivos (através do computador)
    • Redução de custos
    • Qualidade (obtenção do valor óptimo mais próximo dos nossos objetivos)
    • Decisões mais eficazes
    • Decisões mais eficientes
    • Melhor comunicação entre os decisores
    • Melhor utilização do processo de aprendizagem

  • Desvantagens

o o Problema de ação

o o Orientação para escolha

o o Suposição da relevância da resposta do sistema

o o Transferência de poder ao sistema que não é intencional

o o É mais difícil atribuir responsabilidades

EXECUTIVE INFORMATION SYSTEM - EIS

Criado no final da década de 1970, a partir dos trabalhos desenvolvidos no MIT (Massachusets Institute of Tecnology-EUA) por pesquisadores.

· Aclamado por uma nova tecnologia, o conceito espalhou-se rapidamente por várias empresas.

· Atualmente esta tecnologia está presente em diversos outros softwares no mundo inteiro.

O Executive Information Systems (EIS) é um software que visa fornecer informações empresariais a partir de uma base de dados.

· É uma ferramenta de consulta às bases de dados das funções empresariais para a apresentação de informações de forma simples e amigável, atendendo às necessidades dos executivos da alta administração principalmente;

· Capacidade drill.down.

Permite o acompanhamento diário de resultados, tabulando dados de todas as áreas funcionais da empresa para depois exibi-los de forma gráfica e simplificada.

Três aspectos críticos para a sua implementação

· Simplicidade de uso (interface intuitiva);

· Orientação para gráficos;

· Uso de base já existente (não digitação e exportação);

· Ex: Commander, LightChip, Pilot.

ENGENHARIA DE SOFTWARE

O QUE É SOFTWARE?

segundo o dicionário aurélio:

• aquilo que pode ser executado por um
• equipamento, no caso o hardware;
• um produto comercializado que consiste em um sistema de rotinas e funções.

uma definição mais didática:

• instruções (programas de computador) que, quando executadas produzem a função e o desempenho desejados;
• estruturas de dados que possibilitam que os programas manipulem adequadamente a informação;
• documentos que descrevem a operação e o uso dos programas.

O QUE É ENGENHARIA?

Vejamos duas definções:

Engenharia é a atividade em que os conhecimentos científicos e técnicos e a experiência prática são aplicados para exploração dos recursos naturais, para o projeto, construção e operação de objetos úteis (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Engenharia é a aplicação de métodos científicos ou empíricos à utilização dos recursos da natureza em benefício do ser humano (Dicionário Houaiss)

Essas definições não são suficientes para designar tudo aquilo que envolve engenharia. Para entender melhor o que é engenharia, propomos que você faça uma pesquisa para responder as seguintes questões:

• Qual a diferença entre o desenvolvimento de um produto de forma artesanal e o desenvolvimento seguindo os princípios de engenharia? Em outras palavras, qual a diferença entre o trabalho de um artesão e o de um engenheiro?

• Qual a diferença entre cozinhar e fazer engenharia de alimentos?

• O que as diferentes engenharias (civil, mecânica, elétrica/eletrônica, química, ambiental, etc.) têm em comum?

Uma engenharia não é uma atividade específica. Um engenheiro é aquele que tem o conhecimento científico e a experiência para desempenhar uma ou mais das diversas atividades da engenharia.

Além disso, a atividade de engenharia não pode prescindir da garantia da qualidade do produto, da conformidade às normas, e do planejamento e gerenciamento de custos e prazos.

Objetivos da Engenharia de Software

A engenharia de software tem por objetivos a aplicação de teoria, modelos, formalismos e técnicas e ferramentas da ciência da computação e áreas afins para a produção (ou desenvolvimento) sistemática de software.

Associado ao desenvolvimento, é preciso também aplicar métodos, técnicas e ferramentas para o gerenciamento do processo de produção. Isto envolve planejamento de custos e prazos, montagem da equipe e garantia de qualidade do produto e do processo.

Finalmente, a engenharia de software visa a produção da documentação formal do produto, do processo, dos critérios qualidade e dos manuais de usuários finais.

Definições de Engenharia de Software

Os autores apresentam diversas definições para engenharia de software. Vamos apresentar três que consideramos complementares.

• A engenharia de software é a disciplina envolvida com a produção e manutenção sistemática de software que são desenvolvidos com custos e prazos estimados.

• Disciplina que aborda a construção de software complexo - com muitas partes interconectadas e diferentes versões - por uma equipe de analistas, projetistas, programadores, gerentes, "testadores", etc.

• O estabelecimento e uso de princípios de engenharia para a produção economicamente viável de software de qualidade que funcione em máquinas reais.
A primeira destas definições enfatiza que a engenharia visa não apenas o desenvolvimento, mas também a manutenção do produto. Além disso, ela ressalta a importância da estimativa de custos e prazos de desenvolvimento.

A segunda definição enfatiza a complexidade do produto e do processo. O software é formado por diversos componentes interconectados e o seu desenvolvimento é realizado por uma equipe com diferentes funções e especialidades, cujo trabalho precisa ser gerenciado.

A terceira ressalta que o desenvolvimento de software deve seguir os princípios comuns a todas as engenharias e deve visar a qualidade.